Blog do Lulu 2.0

Tuesday, November 21, 2006

A namorada do seu Alaor.

Aquela discussão com Amália mexeu mesmo com seu Alaor.
O arranca-rabo com a filha fez despertar uma saudade que nele vivia adormecida. Sentia falta de Júlia, sua esposa e companheira durante mais de quarenta anos.
A tal saudade trouxe consigo a falta de um bom bate-papo e de outras coisas nas quais ele nem mais ousava pensar.
Comentou com Osvaldo, que ficou animado ao ver o sogro com nova disposição.
Desde a morte de Júlia, o velhinho andava cabisbaixo, desanimado, vivia folheando um antigo álbum de fotografias e encaixotando cacarecos.
Osvaldo resolveu dar uma força. Virava e mexia, ao sair com Júnior, levava seu Alaor. Mas todas as possíveis candidatas com as quais eles encontravam pelo caminho ou tinham sido amigas de Júlia, ou a conheciam e a respeitavam só de ouvir falar.
O casamento dos dois foi um acontecimento. À época, ele era muito popular. Não tivesse a morte de Júlia o derrubado em profunda depressão, poderia até ter feito carreira na política.
O entusiasmo de seu Alaor já começava desvanecer quando Marizete chegou à cidade. A manicure, cabeleireira e, como mais gostava de ser chamada, esteticista, veio em busca de qualidade de vida.
Cabelos soltos, andar cadenciado, Marizete caminhou até o Hotel Esplendor.
Um brilho diferente pôde ser visto nos olhos de seu Alaor que a acompanharam até lá.
Enquanto isso, perto dali, Amália mandava e desmandava na butique que continuava crescendo graças ao seu empenho e inegável tino para os negócios.
Tudo estava planejado para a ampliação da loja, só faltava a assinatura de Dora que continuava em férias, mas prometia para dentro em breve sua volta.
Amália só não contava que o espaço pretendido por ela seria alugado e, em breve, ocupado por um salão de beleza.
As obras começaram e infernizaram a vida de Amália por meses. O barulho, a sujeira, os caminhões, a gritaria dos trabalhadores tudo a irritava e espantava suas clientes. A reforma foi tema de inúmeros bate-bocas entre a gerente da butique e o empreiteiro.
Seu Alaor, sem que a filha percebesse e contando com a ajuda do genro, mudou seu estilo de vida. Voltou a freqüentar as sessões de carteado no Clube da Glória e a jogar bocha durante as tardes só para espiar as senhoras na piscina, e foi lá, recostada em uma espreguiçadeira, que voltou a vê-la.
Já maduros e conscientes do tempo que não tinham a perder, conversaram, dançaram e logo iniciaram um promissor romance.
Sogro e genro combinaram que Amália só seria apresentada a Marizete na festa de inauguração do salão.
Demorou, mas a reforma acabou. Os modernos aparelhos vindos da capital chegaram e agora Amália começava a rever sua opinião. Comentou que tinha até enviado um kit dando boas-vindas e se desculpando pelos contra tempos ocorridos durante as instalações. Pensou que da butique a cliente poderia ir para o salão e vice-versa, o que para ela ficava ainda mais interessante.
O relacionamento entre seu Alaor e Marizete ficava cada vez mais íntimo. O segredo fez acender um furor juvenil que eles estavam adorando poder experimentar de novo.
O dia da festa chegou. Quando Amália entrou em casa e viu Osvaldo ajudando seu Alaor a se vestir, não entendeu nada.
- O que é isso?! Quem morreu?! Justo hoje, no dia da inauguração?!
- Calma Amália, ninguém morreu. É que seu pai também vai à festa.
- Que festa?
- Na inauguração do salão da Marizete.
- Como assim?
- Sabe a Marizete, a dona do salão?
- Já ouvi falar. O quê tem ela?
- Ela e seu pai são... Amigos... Isso… É… Eles são muito amigos.
- Ah! Anda pegando amizade fácil o senhor também, papai?! Aprendeu com essa beleza de genro, foi?! Dá licença que eu tenho que me arrumar.
A festa estava muito boa até que Marizete disse como estava feliz e apresentou seu Alaor como sendo o homem que tinha tornado tudo aquilo possível, foi aí que o caldo entornou.
Desentendida, Amália procurou por Osvaldo para saber o que estava acontecendo. Esqueceu que ele tinha ficado cuidando do Júnior.
Na primeira oportunidade, se despediu de quem interessava e correu de volta para casa.
Chegou bem mais cedo do que era esperada. Osvaldo e Júnior comiam sobremesa assistindo à televisão.
- Osvaldo, quem é essa tal de Marizete?
- Ué! Você acabou de voltar da festa de inauguração do salão de beleza dela.
- Osvaldo, não enrola, responde: quem é essa tal de Marizete?
- A dona do salão de beleza, a namorada do seu pai... Ah, por isso tá nervosa... Tá com ciúme do papai…
- Não, não é isso não. É que só agora eu entendi porque o senhor anda todo gentil, interessado nos negócios, em mim… Seu safado… Você tava é dando cobertura pra sem-vergonhice do velho… Que belo papel, belo exemplo pro seu filho!
- Vai me desculpar, mas só você Amália... Parece que só você não percebeu como seu papai melhorou depois que conheceu a Marizete, depois que eles começaram namorar, coisa e tal e tal e coisa.
A conivência de Osvaldo irritou, mas nada era pior do que o fato de ter sido a última a ficar sabendo.
- Namorar?! E meu pai lá tem idade pra namorar?!
Desdenhou e foi da sala para a cozinha. Osvaldo pensou alto.
- Se bobear a vida sexual deles anda mais agitada do que a nossa!
- O quê você falou aí?
- Nada não.
- Namorada! E minha mãe, como é que fica nessa história?!
Indignou-se e foi para o quarto. Osvaldo deixou o pensamento escapar pela boca.
- Morta. E finalmente enterrada!
- O quê você falou aí?
- Nada não, tô conversando com o Júnior.

Friday, November 10, 2006

O preço de uma vida.

Por destino ou ironia do mesmo, chegado o dia de sua tão ansiada promoção, Getúlio colocou em dúvida a razão de tanto querer.
Houve uma simpática comemoração oficial, promovida pela empresa, e todas as outras festividades informais cabíveis e possíveis nessas ocasiões.
A tal promoção era um momento esperado por ele, por sua família e até por seus colegas, que reconheciam a dedicação e o talento do quase futuro chefe.
A mulher e as filhas o esperavam para um jantar-surpresa, mas foi justo quando voltava para casa que a coisa pegou, que ele começou a ficar, digamos, perturbado.
Quanto vale uma vida? Incrível, mas aquela era a primeira vez em que se perguntava, encarando o rigor do espelho retrovisor.
Quanto vale uma vida? O homem era capaz de vender seguros de vida para deus e todo mundo. Moço, jovem, velho, atleta, sedentário, dizem até que uma vez vendeu uma apólice de valor altíssimo, um dos maiores contratos da história da companhia, para o pai de um recém-nascido, o que seria normal, o segurado não fosse o próprio recém-chegado, que veio ao mundo gordo, corado e gozando da mais perfeita saúde. Ainda não seria uma proeza não fosse o seguro um plano casado com uma respeitável previdência privada, modalidade criada por ele mesmo, um feito.
Vencer a tal aposta, ser o único a conseguir vender seguro de vida em berçário, o transformou em uma espécie de ícone dentro da corretora.
Quem poderia imaginar que o grande vendedor de seguros vagava pela cidade se perguntando quanto valia uma vida.
Vivia de pôr preço na vida dos outros. E a dele, em quanto ficava? E a de suas filhas?
Uma já é crescida. Como são diferentes as meninas de doze hoje em dia, pensava toda vez que parava para olhá-la. A mais nova, de oito, é extremamente simpática e afável, imaginava de quem ela teria herdado tal temperamento.
Quantas vidas como a dele valeriam aquelas meninas?
O pobre do Getúlio, a essa altura, suava atormentado. Passou seguidas vezes pela porta de sua casa sem conseguir parar. Pegou uma via expressa e continuou dirigindo sem rumo.
Foram anos e anos como assistente, vendedor, chefe de seção, gerente de seção e, bem na hora do filé, de assumir a gerência geral, lhe ataca a bendita, ou bem dizendo, a maldita consciência.
Pensou em Marta, mãe de suas filhas, única namorada e também única mulher que conheceu de verdade.
Quanto vale a vida de Marta? Quantas das minhas valem as vidas de minhas três? – Getúlio flertou com o desespero.
Fechou os olhos e respirou o mais fundo que pôde na tentativa de se acalmar.
A lembrança de seus inimigos, detratores e desafetos lhe veio à cabeça.
Quanto pagaria para dar fim à vida de cada um deles? Quanto valia a vida daqueles salafrários?
A cara dos ditos cujos aparecia, uma a uma, cada qual com o devido preço estampado na testa. Por alguns momentos, embriagou-se com sua própria vileza.
Foi o bastante, se distraiu, ficou parado dentro do carro tarde da noite, bateram no vidro.
- Aí tio, passa tudo e desce do carro.
Estático, Getúlio ficou olhando o rapaz encapuzado empunhando uma reluzente pistola.
- Tá a fim de morrer, doido?! Anda logo, isto aqui é um assalto! Passa tudo e sai do carro…
Entregou carteira, relógio, celular, pasta, palmtop, desatou o cinto de segurança e desceu lentamente. Quando o rapaz o empurrou, Getúlio não mais se conteve.
- Então pra você é isso o que eu valho? É isso o que vale a minha vida?
- Isso o quê, doido?! Vai, corre, dá pista e não olha para trás. Se eu não entregar esse carro pro patrão ainda hoje, já era, entendeu? Eu já era! Falou e passou o polegar estendido pela garganta.
Getúlio começou a avaliar cada item que lhe fora roubado, assim, ao final, saberia quanto sua própria vida valia.
Seguia a passos largos pela rua deserta quando foi abordado por uma viatura policial.
- Parado aí cidadão! Vindo de onde e indo para onde com tanta pressa?
Getúlio explicou o episódio ao homem de arma em punho. A família já havia prestado queixa do desaparecimento e o maior rebuliço tinha sido armado.
Enquanto a polícia verificava a autenticidade dos documentos e da história, ele seguia calculando o valor da própria existência.
Os oficiais conduziram Getúlio à delegacia da região para registrar ocorrência.
No caminho, queriam saber mais.
- Agrediram o senhor? Essa molecada não vale nada!
- Não é bem assim.
- Já vi tudo. É outro daqueles dos direitos humanos. Vocês são ricos, por isso não ligam quando são roubados. Ah, se fosse comigo...
- Ainda bem que não foi.
- Tô falando, o cara é um daqueles huma... Huma... Como que é mesmo, cidadão?
- Humanistas.
- Não te disse? Eu conheço o tipo!
Quando chegou à delegacia, sua mulher e suas filhas já o esperavam. Ao ver como elas reagiram ao saber que ele estava bem, Getúlio teve plena e absoluta certeza de que seria delas a melhor avaliação de sua vida.
Voltaram para casa, jantaram e foram dormir. Em conversa particular com seu conselheiro, o senhor travesseiro, ele concluiu que ninguém sabe quem é de verdade, que somos incapazes de nos auto-avaliar e que vivemos baseados no que achamos que somos. Tal conclusão lhe tirou o sono.
Em seu primeiro dia no novo posto, tratou de assegurar sua própria vida pelo valor que a mulher e as filhas achavam que ele tinha. Só depois de ter em mãos as apólices, Getúlio conseguiu voltar ao trabalho, e agora como Gerente Geral.

Wednesday, November 01, 2006

De vagabundo a dona de casa.

Boa-vida, agora Osvaldo queria ser chamado assim.
Há alguns anos, antes do Júnior nascer, sentia até uma ponta de orgulho pela alcunha que ostentava, mas para um pai de família não pegava bem.
Osvaldo era chamado de o vagabundo quando conheceu Amália, no post anterior ao último.
Hoje, o genro do seu Alaor já não é mais aquele. É só olhar a cara com que o homem anda.
Continua sendo pau para toda obra. Tipo raro, daquele com que se pode contar, que não deixa ninguém na mão.
Enquanto Amália começou a trabalhar fora, Osvaldo virou do lar.
Amália foi ser gerente da única butique da cidade. Loja da Dorinha, amiga de infância que viajou para a capital, tratou de enriquecer e voltou para investir no lugar onde nasceu. Queria assim garantir a tranqüilidade dos passados e o futuro dos próximos.
Enquanto Amália dava um duro danado gerenciando, atendendo, prestando contas, tudo sob os auspiciosos olhares de Dora, ele cuidava da casa e do moleque.
O garoto começou a freqüentar a escolinha, mas a vida de Osvaldo não acalmou. Ao mesmo tempo, começou a ir ao clube, às festinhas, ao parquinho, à praça e a um monte de outros lugares. Tinha também a lavanderia, a cozinha, os exames do seu Alaor, uma série de coisas para coordenar. Precisou até de uma agenda e, justo nesta hora, quando abriu na página do mês e do dia, no momento em que anotava seus afazeres no tal calendário, foi aí que ele se tocou. Era óbvio que algo estava errado, muito errado.
Pensou, se esforçou, fez memória e nada. Ao se dar conta de que não lembrava qual tinha sido a última vez em que ele e Amália tinham transado, feito sexo, amor, em que tiveram relação, ou seja lá como for que se chama isso atualmente, Osvaldo se deixou abater. Aturdido e desorientado pela já tardia constatação, o homem saiu vagando sem rumo. Foi parar no Galerias, um pequeno shopping a céu aberto, principal centro comercial da cidade. Lá encontrou Tereza, mãe de uma menina mais nova e de um menino um pouco mais velho do que Osvaldo Júnior.
Era visível que algo o abatera severamente. Tereza nem precisou lançar mão de seu sexto sentido.
Tereza:- O quê aconteceu, Osvaldo? Que cara é essa? Seu time perdeu?
Osvaldo:- Sei lá, eu não ligo pra futebol.
Tereza:- Então o problema é com a Amália. Meu ex-marido ficava com essa cara por dois motivos: mulher e futebol. O time era sempre o mesmo, já a mulher nem sempre era eu. Mas vamos lá, diz aí: o que aconteceu? Quem sabe… De repente eu posso ajudar.
Osvaldo:- Você acredita que só hoje, só depois de quase três anos, eu fui me dar conta de que... Bom, de que... Deixa pra lá.
Tereza:- Lembra quando a Amália estava grávida? Então, a gente conversava muito, ela me perguntava como era, como deixava de ser. O meu mais velho já tinha quase um ano e ela estava pra lá de ansiosa. Eu conheço a Amália... É sério, pode confiar.
Osvaldo:- Sabe, quando a gente se casou, antes dela começar a trabalhar na butique, era uma vida a dois, uma vida nossa. Hoje, ela tem a vida dela e eu também. É tanta coisa, tanto corre-corre, sinto falta de quando eu fazia as coisas que gostava, tinha tempo pra mim, pros meus amigos. Essa história de viver em função dos outros está me cansando.
Ele abriu o coração. Disse o que queria e o que não devia. O tempo voou. Pela primeira vez em quase três anos de casamento, chegou mais tarde do que o esperado. A vizinha já trouxera o Júnior, que dormia como um anjo.
Amália bebericava uma taça de vinho branco quando Osvaldo abriu a porta.
Ao contrário do que ele esperava, foi muito bem recebido.
Ela estava produzida e isso o levou a imaginar que logo sairia para mais uma reunião ou jantar de negócios, mas ela deu voz de comando.
Amália:- Vai tomar um banho, se trocar que hoje eu vou te levar pra jantar. As vendas de final de ano vão muito bem, o lançamento da nova coleção foi um sucesso. E outra: a Dora resolveu tirar férias, viajar por uns tempos e deixou a loja sob minha direção.
Osvaldo:- Mas logo hoje, eu tô tão cansado!
Amália:- O que é isso, Osvaldo?! Cansado, você?! Cansado de quê?! Queria eu ter esse vidão, ficar pra lá e pra cá o dia inteiro e no final, vem a pior parte, brincar com o garoto.
Osvaldo:- Vidão?! Minha vida é um vidão?! Hahaha, faz-me rir.
Amália:- Queria ver se eu não colocasse comida na mesa, aí eu queria só ver.
Osvaldo:- E eu queria ver se parasse de cozinhar o que a senhora iria comer.
Amália:- Olha, qualquer dia, qualquer hora, me dá a louca, eu pego minhas coisas e sumo.
Osvaldo:- E eu fico cuidando da criança. Não é qualquer dia. É todo dia. E não é qualquer hora. É sempre no mesmo horário.
Amália:- Quer saber: eu trabalho o dia inteiro que nem uma doida e nunca tenho tempo pra nada. Durante a semana é o patrão, os clientes, o trabalho e aquele bando de incompetentes que só servem pra atrapalhar. Aí, chega sábado e domingo é marido, filho, família, sogro, sogra.
Osvaldo:- O ex-marido da Terezinha reclamava exatamente das mesmas coisas.
Amália:- Terezinha? Que Terezinha? E como você sabe do que o falecido dela reclamava?
Osvaldo:- Sabe a Tereza, mãe do Luca e da Mariana, amiguinhos do Júnior? O pessoal lá da escola, você conhece… Então, encontrei com ela no Galerias.
Amália:- Ah, já é Terezinha a tal, tá pegando amizade fácil você agora, né?! Conheceu na reunião de pais e mestres, foi?! E o que tava fazendo no Galerias, a desocupada?!
Osvaldo:- Ela cuida da casa, dos dois filhos e do pai que já está de botas, só falta bater, coitado do velhinho. Não é desocupada nada.
Amália:- Que alma boa, não... Por que o senhor não vai lá ficar com ela? Com aquela... Aquela... Separada!
Osvaldo:- Divorciada, ela é divorciada.
Amália:- Melhor ainda, caminho livre até com o Papa.
Osvaldo:- Eu não! Vê só: se eu me casar com ela, quem vai trabalhar?
Amália:- Que foi agora? Tá rindo do quê? Deu pra tirar sarro da minha cara?
Osvaldo:- Não é nada, só uma coisa que a Terezinha falou.
Amália:- Outra coisa?! Fala bastante ela, não?! E o que mais a tal da Terezinha falou?
Osvaldo:- Que não adianta querer contrariar os fatos, essa tal igualdade é relativa, em muitos aspectos mulher é mulher e homem é homem. Foi, é e sempre será assim. É da natureza de cada um, de cada indivíduo.
Amália:- Ela falou tudo isso, é?! Mãe dedicada, filha exemplar e filósofa, haja saco... Eu vou pro bar.
Amália saiu e foi direto para a casa em que nasceu e viveu com os pais. Na falta da mãe, foi chorar mágoas no colo do pai, seu Alaor.
Amália:- Pai, eu acho que o Osvaldo tem um caso.
Seu Alaor:- Minha filha, o rapaz só faz é cuidar daquela criança, aliás, que meninão lindo meu neto, um colosso!
Amália:- Viu só como que é?! Se fosse a mamãe, ficava do meu lado, mas homem não entrega homem, isso é coisa de dedo-duro, covarde, não é assim?! E que tá me olhando com essa cara? Pai, fala alguma coisa.
Seu Alaor:- Como você se parece com sua mãe, impressionante! De repente me deu uma saudade.