Dependentes.
- Olá, boa noite! Quer dizer: bom dia a todos. Meu nome é Dirceu e eu sou alcoólatra.
- Oi, meu nome é Roberta. Eu sou pedagoga e viciada em remédios.
- Diz aí galera! Meu nome é Douglas, sou apresentador de TV e dependente químico.
- Então gente boa, eu sou o Zé. Liberal, naturista, só vim parar aqui por que inventaram que estou viciado em umas ervas aí.
- Independência ou morte! Eu sou Dom Pedro I.
- Ôh meu camarada, tu tá na sala errada. A dos malucos é no final do corredor. Aquela ali, ó… Tá vendo o Napoleão lá na porta?!
- Mas vocês não são todos doidões?
- Verdade, a gente é sim! Mas tá aqui… Tentando melhorar, se livrar do vício. É difícil. A parada é dura e o processo, lento.
- Eu sei bem como é isso: independência ou morte!
- Mas acho que o seu caso não é bem esse não.
- Como não?! Você mesmo acabou de me chamar de maluco e dizer que aqui é a sala dos doidões.
- Mas é outro tipo de maluquice.
- Opa! Isso é discriminação, crime federal e inafiançável. Aos olhos da lei, maluco é tudo igual e acabou, ponto final.
- É, sob esse ponto de vista, o amigo até que tem lá seu quinhão de razão.
- Razão?... Um cara que acha que é Dom Pedro Primeiro tem razão agora?
- E você?! Quem tá pensando que é para falar comigo desse jeito?
- Eu?! Eu sou o cara que vai quebrar...
- Para, para tudo. Você quer saber quem ele é de verdade ou quem ele pensa que é? Porque são duas coisas totalmente diferentes: uma é a realidade e outra, o personagem.
- Xi meu amigo, acho que você também tá em sala errada. Vocês tão vendo aquele cara ali de camisolão, sandálias, barba e cabelos compridos? Então, por que os dois não vão até ali trocar uma idéia com ele? Só vai fazer bem, podem confiar em mim!
- Oi, meu nome é Roberta. Eu sou pedagoga e viciada em remédios.
- Diz aí galera! Meu nome é Douglas, sou apresentador de TV e dependente químico.
- Então gente boa, eu sou o Zé. Liberal, naturista, só vim parar aqui por que inventaram que estou viciado em umas ervas aí.
- Independência ou morte! Eu sou Dom Pedro I.
- Ôh meu camarada, tu tá na sala errada. A dos malucos é no final do corredor. Aquela ali, ó… Tá vendo o Napoleão lá na porta?!
- Mas vocês não são todos doidões?
- Verdade, a gente é sim! Mas tá aqui… Tentando melhorar, se livrar do vício. É difícil. A parada é dura e o processo, lento.
- Eu sei bem como é isso: independência ou morte!
- Mas acho que o seu caso não é bem esse não.
- Como não?! Você mesmo acabou de me chamar de maluco e dizer que aqui é a sala dos doidões.
- Mas é outro tipo de maluquice.
- Opa! Isso é discriminação, crime federal e inafiançável. Aos olhos da lei, maluco é tudo igual e acabou, ponto final.
- É, sob esse ponto de vista, o amigo até que tem lá seu quinhão de razão.
- Razão?... Um cara que acha que é Dom Pedro Primeiro tem razão agora?
- E você?! Quem tá pensando que é para falar comigo desse jeito?
- Eu?! Eu sou o cara que vai quebrar...
- Para, para tudo. Você quer saber quem ele é de verdade ou quem ele pensa que é? Porque são duas coisas totalmente diferentes: uma é a realidade e outra, o personagem.
- Xi meu amigo, acho que você também tá em sala errada. Vocês tão vendo aquele cara ali de camisolão, sandálias, barba e cabelos compridos? Então, por que os dois não vão até ali trocar uma idéia com ele? Só vai fazer bem, podem confiar em mim!