O Caça-Palavra.
- Para ser feliz é necessário o dom da felicidade. Assim como, para virar craque de bola é preciso nascer com os dotes para o futebol, e ao músico é essencial a agudeza, o talento natural para a música.
Ao convencer-se disso, caiu em si. Deu-se conta de que precisava fazer algo.
- Talvez exista uma palavra mágica!
De repente, passou a acreditar na existência de um vocábulo redentor, de fonemas milagrosos. Perguntava-se onde estaria: se entre aquelas antiqüíssimas ou entre as mais recentes, reconhecidas e aceitas ainda outro dia por nossos gramáticos e dicionaristas.
- Será inesperada ou uma dessas que usamos com tão pouco cuidado, quase que vulgarmente? Pode ser que seja uma das perseguidas, muito usada em rimas fáceis. Quem sabe é mais do que uma; um verso inteiro ou um soneto? Não! Pensando bem, há de ser única a tal palavra encantada.
Cismou que ela, sozinha, poderia mudar toda a história, e, por isso mesmo, nunca fora escrita ou pronunciada.
- Pode ser perigosa ou apenas mais uma vítima da crônica falta de diálogo que assola a humanidade. Considerou.
- Será de beber ou de comer? Doce ou amarga? Preocupou-se, pois de palavras alimenta não só a alma, mas também o corpo.
- Ainda não foi inventada ou será que está perdida? E se ninguém a conhece simplesmente por que jamais foi encontrada?
Ocorreu-lhe a hipótese de que cada um tenha a sua, pessoal e intransferível. Aquela que, quando dita no local certo e na hora exata, traz a tão desejada paz que nos leva até onde é lícito e compreensível afastar-se do mundo, deixar que aquela certa preguiça de viver faça com que os nossos sonhos de inocência se encontrem com a realidade.
- Será de amor ou de ódio? Parece ser ela a única proibida. Às outras, tudo lhes é permitido. É dada plena liberdade até mesmo àquelas mais conhecidas por serem de baixo calão.
Avaliou a possibilidade de que não produza eco nem possa ser ouvida. Também teorizou que a escolhida pode ainda estar inacabada. Imaginou-a como uma sinfonia composta por sílabas em vez de notas musicais.
Sem que percebesse, as palavras que ele não conhecia ganharam muito mais importância do que todas as outras as quais tanto tinha estudado.
- Em que língua será? Latim?!
Foi o primeiro idioma que lhe passou pela cabeça. Mas, logo reconsiderou. Cogitou o grego, o romano e até algum dialeto medieval ou primitivo.
Sua esperança é de que ao encontrar a palavra mágica, descubra os diversos significados de todas as outras, e de que isso o leve a compreender o sentido de sua vida.
Ao convencer-se disso, caiu em si. Deu-se conta de que precisava fazer algo.
- Talvez exista uma palavra mágica!
De repente, passou a acreditar na existência de um vocábulo redentor, de fonemas milagrosos. Perguntava-se onde estaria: se entre aquelas antiqüíssimas ou entre as mais recentes, reconhecidas e aceitas ainda outro dia por nossos gramáticos e dicionaristas.
- Será inesperada ou uma dessas que usamos com tão pouco cuidado, quase que vulgarmente? Pode ser que seja uma das perseguidas, muito usada em rimas fáceis. Quem sabe é mais do que uma; um verso inteiro ou um soneto? Não! Pensando bem, há de ser única a tal palavra encantada.
Cismou que ela, sozinha, poderia mudar toda a história, e, por isso mesmo, nunca fora escrita ou pronunciada.
- Pode ser perigosa ou apenas mais uma vítima da crônica falta de diálogo que assola a humanidade. Considerou.
- Será de beber ou de comer? Doce ou amarga? Preocupou-se, pois de palavras alimenta não só a alma, mas também o corpo.
- Ainda não foi inventada ou será que está perdida? E se ninguém a conhece simplesmente por que jamais foi encontrada?
Ocorreu-lhe a hipótese de que cada um tenha a sua, pessoal e intransferível. Aquela que, quando dita no local certo e na hora exata, traz a tão desejada paz que nos leva até onde é lícito e compreensível afastar-se do mundo, deixar que aquela certa preguiça de viver faça com que os nossos sonhos de inocência se encontrem com a realidade.
- Será de amor ou de ódio? Parece ser ela a única proibida. Às outras, tudo lhes é permitido. É dada plena liberdade até mesmo àquelas mais conhecidas por serem de baixo calão.
Avaliou a possibilidade de que não produza eco nem possa ser ouvida. Também teorizou que a escolhida pode ainda estar inacabada. Imaginou-a como uma sinfonia composta por sílabas em vez de notas musicais.
Sem que percebesse, as palavras que ele não conhecia ganharam muito mais importância do que todas as outras as quais tanto tinha estudado.
- Em que língua será? Latim?!
Foi o primeiro idioma que lhe passou pela cabeça. Mas, logo reconsiderou. Cogitou o grego, o romano e até algum dialeto medieval ou primitivo.
Sua esperança é de que ao encontrar a palavra mágica, descubra os diversos significados de todas as outras, e de que isso o leve a compreender o sentido de sua vida.