O falso ele.
Desconhecido e irreconhecível, aquele quem ele achava ser
não era mais ele. Um estranho se estranhando mais e mais.
O antigo gostava de uma porção de coisas. Conhecia um monte de gente. Já esse novo parece ser falso como esmeralda de fundo de garrafa. Seu braço esquerdo quer ser direito. E o direito tomar o lugar do esquerdo.
Um grito, um sorriso, um pulo, gestos em seqüência que o outro repete. Algo de vida ainda existe ali!
Mas quem é esse que não é mais ele e também não se parece com ninguém? Que não apresenta nenhuma familiaridade?
Reparou nos cantos dos olhos marcados, nos cabelos esbranquiçados, um alarme disparou dentro dele.
Desespero, vontade de que não haja mais amanhã, de que o tempo vá-se embora sem deixar marcas, saudade ou lembranças. De abandonar aquele reflexo, ser pelo qual não sente mais nenhuma solidariedade.
Um mal-estar repentino, uma sensação o diminui. Luz que se apaga. Um corpo vazio, sem força, sem brilho, sem alma.
Singular e anônimo, um monte de carne e osso, carrasco e vítima de sua própria vida errática e desenredada.
Novamente dá-se conta de si e também do tal outro... Aquele
que ele não sabe quem é, e que agora não interessa mais.
Chega a hora em que começa velar a si mesmo:
- Forca, guilhotina, gás, agulha, cadeira elétrica, um tiro certeiro e misericordioso! Mas isso não – implora ajoelhado diante do espelho.
- Por favor, isso não, não me mate assim, pouco a pouco, a cada manhã de todo santo dia.
não era mais ele. Um estranho se estranhando mais e mais.
O antigo gostava de uma porção de coisas. Conhecia um monte de gente. Já esse novo parece ser falso como esmeralda de fundo de garrafa. Seu braço esquerdo quer ser direito. E o direito tomar o lugar do esquerdo.
Um grito, um sorriso, um pulo, gestos em seqüência que o outro repete. Algo de vida ainda existe ali!
Mas quem é esse que não é mais ele e também não se parece com ninguém? Que não apresenta nenhuma familiaridade?
Reparou nos cantos dos olhos marcados, nos cabelos esbranquiçados, um alarme disparou dentro dele.
Desespero, vontade de que não haja mais amanhã, de que o tempo vá-se embora sem deixar marcas, saudade ou lembranças. De abandonar aquele reflexo, ser pelo qual não sente mais nenhuma solidariedade.
Um mal-estar repentino, uma sensação o diminui. Luz que se apaga. Um corpo vazio, sem força, sem brilho, sem alma.
Singular e anônimo, um monte de carne e osso, carrasco e vítima de sua própria vida errática e desenredada.
Novamente dá-se conta de si e também do tal outro... Aquele
que ele não sabe quem é, e que agora não interessa mais.
Chega a hora em que começa velar a si mesmo:
- Forca, guilhotina, gás, agulha, cadeira elétrica, um tiro certeiro e misericordioso! Mas isso não – implora ajoelhado diante do espelho.
- Por favor, isso não, não me mate assim, pouco a pouco, a cada manhã de todo santo dia.