Quem é quem?
- Que cara é essa rapaz?
- Ôh minha senhora, a coisa não tá nada fácil.
- Deve ser só uma fase.
- Fase que dura uma vida?!
- Você tá exagerando.
- É o que todo mundo diz. Eu queria é ver um de vocês vivendo um mês, uma semana, um dia na minha pele, calçando meus sapatos, andando por aí com a única certeza de que hoje será pior do que ontem e melhor do que amanhã!
- Se você já acorda pensando assim não há Cristo que salve.
- Penso assim porque resolvi peitar a realidade, ser honesto comigo mesmo já que ninguém é. A real é que acordo bem mais cedo do que gostaria, me desloco além do que tenho vontade, trabalho muito mais do que faz bem à saúde e ganho bem menos do que é bom para o bolso.
- É a vida.
- Mas que megera é essa! A vida não deveria ser uma coisa boa?
- Primeiro que não deveria ser e nem é uma coisa. Segundo que boa ela é, só não é boazinha.
- Pronto, mais um tentando me enrolar!
- Tá vendo: nem escutar você quer... Como alguém pode te ajudar?!
- Eu sou aquela promessa que não se cumpriu. A imagem viva, ambulante, em carne, osso e sangue do crepúsculo de pensamentos e idéias que queriam ser aurora.
- Caramba!
- Que foi?
- Nada não, só achei forte.
- Fraco, eu sou é um fraco!
- Olha, vou tentar te explicar uma coisa. A vida é assim... Muito mimada, cheia de vontades. É vaidosa e adora tirar uma com a cara de vocês.
- Como assim?
- Viver, ser sincero, trabalhar duro e honestamente, significa calar muitos temores, abrir muitas feridas e escancarar verdades muito íntimas sem a garantia de que isso resolverá ou melhorará alguma coisa. Existe sim um pouco de hipocrisia no evento da sobrevivência.
- Falei que tu tá querendo me enrolar!
- Eu tô é tentando abrir teus olhos, te dar uma força.
- Mas você nem me conhece, foi sentando ao meu lado, puxando papo e agora vem com essa... Isso é enrolação ou sacanagem!
- Nossa como você é cético.
- Sou o quê? Ofende não, heim! Nem te conheço e tô levando numa boa. Foi você quem chegou aí, nem deu bom dia e já começou a falar um montão na minha orelha. Afinal, quem a senhora pensa que é?
- Ah, isso você vai ter que descobrir sozinho.
- Ôh minha senhora, a coisa não tá nada fácil.
- Deve ser só uma fase.
- Fase que dura uma vida?!
- Você tá exagerando.
- É o que todo mundo diz. Eu queria é ver um de vocês vivendo um mês, uma semana, um dia na minha pele, calçando meus sapatos, andando por aí com a única certeza de que hoje será pior do que ontem e melhor do que amanhã!
- Se você já acorda pensando assim não há Cristo que salve.
- Penso assim porque resolvi peitar a realidade, ser honesto comigo mesmo já que ninguém é. A real é que acordo bem mais cedo do que gostaria, me desloco além do que tenho vontade, trabalho muito mais do que faz bem à saúde e ganho bem menos do que é bom para o bolso.
- É a vida.
- Mas que megera é essa! A vida não deveria ser uma coisa boa?
- Primeiro que não deveria ser e nem é uma coisa. Segundo que boa ela é, só não é boazinha.
- Pronto, mais um tentando me enrolar!
- Tá vendo: nem escutar você quer... Como alguém pode te ajudar?!
- Eu sou aquela promessa que não se cumpriu. A imagem viva, ambulante, em carne, osso e sangue do crepúsculo de pensamentos e idéias que queriam ser aurora.
- Caramba!
- Que foi?
- Nada não, só achei forte.
- Fraco, eu sou é um fraco!
- Olha, vou tentar te explicar uma coisa. A vida é assim... Muito mimada, cheia de vontades. É vaidosa e adora tirar uma com a cara de vocês.
- Como assim?
- Viver, ser sincero, trabalhar duro e honestamente, significa calar muitos temores, abrir muitas feridas e escancarar verdades muito íntimas sem a garantia de que isso resolverá ou melhorará alguma coisa. Existe sim um pouco de hipocrisia no evento da sobrevivência.
- Falei que tu tá querendo me enrolar!
- Eu tô é tentando abrir teus olhos, te dar uma força.
- Mas você nem me conhece, foi sentando ao meu lado, puxando papo e agora vem com essa... Isso é enrolação ou sacanagem!
- Nossa como você é cético.
- Sou o quê? Ofende não, heim! Nem te conheço e tô levando numa boa. Foi você quem chegou aí, nem deu bom dia e já começou a falar um montão na minha orelha. Afinal, quem a senhora pensa que é?
- Ah, isso você vai ter que descobrir sozinho.