A Velocidade do Tempo.
Uns dizem que voa, mas é mentira. Passa como, quando quer
e à velocidade que bem entende. Também não corre não.
Rasteja sorrateiramente. Pode ser devagarinho ou de maneira urgente e aflita. Tudo depende de suas intenções.
Não poupa ninguém, até por sua já registrada e reconhecida natureza cruel e destruidora.
Há quem acredite que escorre pelas mãos, escapa por entre os dedos. Outro engano suscitado pelo seu passar silencioso e insuspeito, que rouba aos poucos, um tantinho a cada dia, não só o viço, mas também a alegria juvenil com a qual a pouca idade nos embevece.
Epifanias rezam que é o melhor remédio, que a tudo cura, que é sagrado e até que é dinheiro. É nada! É apenas um embuste. Algo que herdamos, uma mera invenção indo-arábica que nos permite codificar o girar da terra em torno de seu próprio eixo em 24 horas, alguns minutos e outros segundos; e o seu bailar em torno do Sol em 12 meses, cada qual com, aproximadamente, 30 dias.
Ainda existem alguns que afirmam não o terem visto passar.
Como se pudessem... Como se o conforto de não ter hora, dia e nem tempo para nada fosse possível.
A velocidade do som e a ligeireza da luz já conseguiu-se medir, enquanto a pressa do tempo permanece sendo um enigma obscuro, sem física cabível que a decifre ou defina. Não se mede em quilômetros por hora nem tampouco em metros por segundo ao quadrado.
Ainda carece que pesquisem, descubram ou simplesmente lhe inventem uma unidade de medida que corresponda à realidade, ao caminhar dos fatos, ao veloz passo das mudanças.
Sabe-se, por experiência, que para os pais que assistem ao filho ou à filha que cresce passa de maneira rápida e rasteira. Para quem se ocupa é sempre curto. Já para quem espera a vida melhorar, esgueira-se preguiçosa e lentamente. É mais uma insídia inerente à nossa existência.
Verdade que só o tempo é capaz de nos acrescentar alguma filosofia. Mas para isso, impõe que suportemos o inapelável descompasso e a incômoda arritmia dos anos que passam e aos quais sobrevivemos, nos exige alguma calma e muita paciência.
e à velocidade que bem entende. Também não corre não.
Rasteja sorrateiramente. Pode ser devagarinho ou de maneira urgente e aflita. Tudo depende de suas intenções.
Não poupa ninguém, até por sua já registrada e reconhecida natureza cruel e destruidora.
Há quem acredite que escorre pelas mãos, escapa por entre os dedos. Outro engano suscitado pelo seu passar silencioso e insuspeito, que rouba aos poucos, um tantinho a cada dia, não só o viço, mas também a alegria juvenil com a qual a pouca idade nos embevece.
Epifanias rezam que é o melhor remédio, que a tudo cura, que é sagrado e até que é dinheiro. É nada! É apenas um embuste. Algo que herdamos, uma mera invenção indo-arábica que nos permite codificar o girar da terra em torno de seu próprio eixo em 24 horas, alguns minutos e outros segundos; e o seu bailar em torno do Sol em 12 meses, cada qual com, aproximadamente, 30 dias.
Ainda existem alguns que afirmam não o terem visto passar.
Como se pudessem... Como se o conforto de não ter hora, dia e nem tempo para nada fosse possível.
A velocidade do som e a ligeireza da luz já conseguiu-se medir, enquanto a pressa do tempo permanece sendo um enigma obscuro, sem física cabível que a decifre ou defina. Não se mede em quilômetros por hora nem tampouco em metros por segundo ao quadrado.
Ainda carece que pesquisem, descubram ou simplesmente lhe inventem uma unidade de medida que corresponda à realidade, ao caminhar dos fatos, ao veloz passo das mudanças.
Sabe-se, por experiência, que para os pais que assistem ao filho ou à filha que cresce passa de maneira rápida e rasteira. Para quem se ocupa é sempre curto. Já para quem espera a vida melhorar, esgueira-se preguiçosa e lentamente. É mais uma insídia inerente à nossa existência.
Verdade que só o tempo é capaz de nos acrescentar alguma filosofia. Mas para isso, impõe que suportemos o inapelável descompasso e a incômoda arritmia dos anos que passam e aos quais sobrevivemos, nos exige alguma calma e muita paciência.