Quando o Bem e o Mal se confundem.
Bem:- Tudo bem?
Mal:- Só se for pra você.
Bem:- Pra mim tá tudo sempre bem.
Mal:- Você não existe!
Bem:- Tem muita gente que pensa assim, não acredita, mas quando a coisa aperta… Vixi! É a maior apelação, e eu tô sempre aqui, firme e forte.
Mal:- Opa, calma lá! Nem tão firme, nem tão forte.
Bem:- Tô sim!
Mal:- Então explica aí o Osama, o Saddam e os sunitas, aquela molecada lá de Columbine, para falar do que todo mundo sabe. Explica aí a tremenda zona que tá isso: fome, miséria, conflitos, matanças, destruição... Eu é que deveria ter incendiado a guerra-fria e não aquele caipira metido a caubói.
Bem:- Tudo culpa do Livre-Arbítrio!
Mal:- Você que não é de nada rapaz.
Bem:- Eu sou da paz.
Mal:- Se liga! Presta atenção, olha aí a puta zona que tá esse mundo que seu patrão criou.
Bem:- Já falei: tudo culpa do Livre-Arbítrio!
Mal:- O Bem pondo a culpa nos outros, veja você… Eu é que deveria fazer isso!
Bem:- Não estou pondo a culpa em ninguém.
Mal:- Acabou de falar que é tudo culpa do teu colega lá… Como é mesmo o nome dele?
Bem:- Não coloque palavras na minha boca.
Mal:- Vai dizer que não falou? O Bem vai começar a mentir agora?! Era só o que me faltava.
Bem:- Disse, mas não foi bem isso. Não acusei ninguém de nada.
Mal:- A coisa tá pior do que eu pensava, até o Bem já tá dissimulando. Pelo jeito minhas férias vão ser longas.
Bem:- Não tô dissimulando, tô tentando explicar. Você é que vê maldade em tudo.
Mal:- Eu tava quieto aqui. Você é que veio atazanar minha existência.
Bem:- Quer dizer que você tava aí quietinho, bonzinho?!
Mal:- Quieto sim, bonzinho nunca! O negócio tá uma zona tão grande que eu fiquei aqui, sem ter porra nenhuma para fazer.
Bem:- Essa não! Se esconde... Rápido, vem logo...
Mal:- Olha só... O Bem se escondendo… Quem diria, heim?!
Bem:- Fica quieto! Olha lá quem vem vindo.
Mal:- Quem? O Meio-Termo?!
Bem:- Pior, o Bom-Senso!
Os dois se amoitaram. O Bom-Senso parou, deu um tempo. Precisava descansar, tomar fôlego. De repente, algo ao longe lhe chamou a atenção.
Bom-Senso:- Será que são eles ali… Não, acho que é uma mulher. Ai caramba, é a Consciência... Mas o quê ela veio fazer aqui?! No mínimo tá me seguindo. Deixa eu ir antes que ela chegue querendo discutir a relação, dizendo que a gente tem que andar de mãos dadas… Tô fora… Fui!
O Bom-Senso saiu antes que a Consciência tivesse chance de abordá-lo.
Mal:- Nem teu chapa agüenta a desgraçada. Essa mulher é uma bruxa mesmo.
Bem:- Não fala assim dela. E pensa antes de falar, senão depois vai acabar tendo problemas com a tua patroa.
Mal:- Tô falando bruxa no bom sentido, você não entende o que é isso.
Bem:- É só uma fase. Sabe como é relação… Já, já eles fazem as pazes. É uma crise passageira.
Mal:- É isso aí, enquanto eles estão em crise, eu fico sossegado, na maior moral, relaxadão. Tem idéia de até quando teu pessoal vai dar conta do meu serviço? Pra eu poder me programar, sabe?!
Os dois caíram na gargalhada.
Consciência:- Quem tá aí? Eu tô ouvindo vocês. Querem brincar, né?! Então vamos lá: eu tô quente ou tô fria?
Mal:- Tá fria, tá congelando. Vira… Isso, muito bem… Agora tá esquentando… Vai, vai andando… Assim, por aí mesmo… Vai, vai pra…
O Bem tapou-lhe a boca, mas não pôde fazer nada mais do que isso. Àquela altura, já tinha se tornado cúmplice do Mal, que mais uma vez, se deu bem.
Mal:- Só se for pra você.
Bem:- Pra mim tá tudo sempre bem.
Mal:- Você não existe!
Bem:- Tem muita gente que pensa assim, não acredita, mas quando a coisa aperta… Vixi! É a maior apelação, e eu tô sempre aqui, firme e forte.
Mal:- Opa, calma lá! Nem tão firme, nem tão forte.
Bem:- Tô sim!
Mal:- Então explica aí o Osama, o Saddam e os sunitas, aquela molecada lá de Columbine, para falar do que todo mundo sabe. Explica aí a tremenda zona que tá isso: fome, miséria, conflitos, matanças, destruição... Eu é que deveria ter incendiado a guerra-fria e não aquele caipira metido a caubói.
Bem:- Tudo culpa do Livre-Arbítrio!
Mal:- Você que não é de nada rapaz.
Bem:- Eu sou da paz.
Mal:- Se liga! Presta atenção, olha aí a puta zona que tá esse mundo que seu patrão criou.
Bem:- Já falei: tudo culpa do Livre-Arbítrio!
Mal:- O Bem pondo a culpa nos outros, veja você… Eu é que deveria fazer isso!
Bem:- Não estou pondo a culpa em ninguém.
Mal:- Acabou de falar que é tudo culpa do teu colega lá… Como é mesmo o nome dele?
Bem:- Não coloque palavras na minha boca.
Mal:- Vai dizer que não falou? O Bem vai começar a mentir agora?! Era só o que me faltava.
Bem:- Disse, mas não foi bem isso. Não acusei ninguém de nada.
Mal:- A coisa tá pior do que eu pensava, até o Bem já tá dissimulando. Pelo jeito minhas férias vão ser longas.
Bem:- Não tô dissimulando, tô tentando explicar. Você é que vê maldade em tudo.
Mal:- Eu tava quieto aqui. Você é que veio atazanar minha existência.
Bem:- Quer dizer que você tava aí quietinho, bonzinho?!
Mal:- Quieto sim, bonzinho nunca! O negócio tá uma zona tão grande que eu fiquei aqui, sem ter porra nenhuma para fazer.
Bem:- Essa não! Se esconde... Rápido, vem logo...
Mal:- Olha só... O Bem se escondendo… Quem diria, heim?!
Bem:- Fica quieto! Olha lá quem vem vindo.
Mal:- Quem? O Meio-Termo?!
Bem:- Pior, o Bom-Senso!
Os dois se amoitaram. O Bom-Senso parou, deu um tempo. Precisava descansar, tomar fôlego. De repente, algo ao longe lhe chamou a atenção.
Bom-Senso:- Será que são eles ali… Não, acho que é uma mulher. Ai caramba, é a Consciência... Mas o quê ela veio fazer aqui?! No mínimo tá me seguindo. Deixa eu ir antes que ela chegue querendo discutir a relação, dizendo que a gente tem que andar de mãos dadas… Tô fora… Fui!
O Bom-Senso saiu antes que a Consciência tivesse chance de abordá-lo.
Mal:- Nem teu chapa agüenta a desgraçada. Essa mulher é uma bruxa mesmo.
Bem:- Não fala assim dela. E pensa antes de falar, senão depois vai acabar tendo problemas com a tua patroa.
Mal:- Tô falando bruxa no bom sentido, você não entende o que é isso.
Bem:- É só uma fase. Sabe como é relação… Já, já eles fazem as pazes. É uma crise passageira.
Mal:- É isso aí, enquanto eles estão em crise, eu fico sossegado, na maior moral, relaxadão. Tem idéia de até quando teu pessoal vai dar conta do meu serviço? Pra eu poder me programar, sabe?!
Os dois caíram na gargalhada.
Consciência:- Quem tá aí? Eu tô ouvindo vocês. Querem brincar, né?! Então vamos lá: eu tô quente ou tô fria?
Mal:- Tá fria, tá congelando. Vira… Isso, muito bem… Agora tá esquentando… Vai, vai andando… Assim, por aí mesmo… Vai, vai pra…
O Bem tapou-lhe a boca, mas não pôde fazer nada mais do que isso. Àquela altura, já tinha se tornado cúmplice do Mal, que mais uma vez, se deu bem.