A alma do negócio.
- E aí, você acha que rola?
- O quê?
- O negócio lá.
- Ah, acho que sim, pode demorar um pouco, mas no final acaba rolando.
- O quê?
- O negócio lá, ora.
- Ah, tá! E se não rolar?
- Mas por que não rolaria?
- Sei lá! É só uma suposição.
- Mas baseada em quê?
- Em nada não, deixa pra lá.
- Não! Agora eu quero saber: por que você acha que não vai rolar?
- Eu não acho nada, era só uma suposição.
- Você sabe de alguma coisa e não quer me dizer, vamos, anda, desembucha.
- Eu não sei de nada, deixa de ser neurótico.
- Eu?! Você fica fazendo perguntas sem sentido, suposições, dizendo que nada vai dar certo, um baixo astral desgraçado, um pessimismo danado e eu que sou neurótico?!
- Mas foi uma pergunta tão simples. Só queria saber o que você acha... Só isso.
- Por quê?
- Sei lá, curiosidade.
- Queria saber o que eu vou fazer se não rolar, né?! Saber se eu já estou me armando para o caso de algo dar errado?! Está achando que eu sou besta?!
- Não é nada disso.
- Está jogando verde para colher maduro. Pensando que eu sou ingênuo... Tenho mais de 20 anos de mercado, meu chapa.
- Rapaz, você está ficando completamente maluco.
- Eu… Maluco?! Quem usa uma meia de cada cor e tem uma cor especial de cueca para cada dia da semana não sou eu, não.
- Isso é superstição, não tem nada a ver com maluquice.
- Fanatismo começa assim: uma superstição aqui, um ritualzinho ali, um santinho, uma medalhinha e quando você vê… Está dominado, fazendo a mulher andar de cara coberta e tudo.
- Espera aí! Você está me chamando de maníaco?
- Eu não disse nada disso.
- Disse sim.
- Foi só uma metáfora.
- Uma o quê?
- Metáfora é quando você diz uma coisa querendo dizer outra.
- E que outra coisa você queria dizer e não disse, vai, fala aí?
- Nada não, deixa pra lá.
- Ah, não! Agora eu quero saber.
- Do que a gente estava falando mesmo?
- Xi, rapaz... Me deu branco.
- Ah não! Fugir do assunto é demais. Dizer que não lembra do que estava falando é o fim.
- Mas eu não lembro mesmo, de verdade.
- Do quê?
- Do que a gente estava falando.
- Olha lá, olha lá.
- Que beleza, heim?!
- Mulherão!
- A gente estava falando do que mesmo?
- Do negócio.
- Mas de que negócio? Superstição, fanatismo, essas coisas?
- Não, do negócio.
- Do negócio da moça?
- Não, daquele negócio que você disse que não vai rolar.
- Eu não disse nada disso.
- Disse sim.
- Disse nada.
- Lógico que disse. Faz duas horas que você está falando disso.
- Falando disso o quê?
- Se não lembra é porque é mentira.
- Ôh, rapaz, me chamando de mentiroso?
- Quer saber?! Se a gente não lembra é porque não valia a pena ser falado.
- Aí, disse pouco, mas falou tudo.
- A saideira?
- Vâmo-bora.
- Vâmo-bora ou vâmo tomar a saideira?
- Vâmo tomar a saideira e depois vâmo-bora.
- Ah tá, agora entendi!
- Garçom, por favor…
- O quê?
- O negócio lá.
- Ah, acho que sim, pode demorar um pouco, mas no final acaba rolando.
- O quê?
- O negócio lá, ora.
- Ah, tá! E se não rolar?
- Mas por que não rolaria?
- Sei lá! É só uma suposição.
- Mas baseada em quê?
- Em nada não, deixa pra lá.
- Não! Agora eu quero saber: por que você acha que não vai rolar?
- Eu não acho nada, era só uma suposição.
- Você sabe de alguma coisa e não quer me dizer, vamos, anda, desembucha.
- Eu não sei de nada, deixa de ser neurótico.
- Eu?! Você fica fazendo perguntas sem sentido, suposições, dizendo que nada vai dar certo, um baixo astral desgraçado, um pessimismo danado e eu que sou neurótico?!
- Mas foi uma pergunta tão simples. Só queria saber o que você acha... Só isso.
- Por quê?
- Sei lá, curiosidade.
- Queria saber o que eu vou fazer se não rolar, né?! Saber se eu já estou me armando para o caso de algo dar errado?! Está achando que eu sou besta?!
- Não é nada disso.
- Está jogando verde para colher maduro. Pensando que eu sou ingênuo... Tenho mais de 20 anos de mercado, meu chapa.
- Rapaz, você está ficando completamente maluco.
- Eu… Maluco?! Quem usa uma meia de cada cor e tem uma cor especial de cueca para cada dia da semana não sou eu, não.
- Isso é superstição, não tem nada a ver com maluquice.
- Fanatismo começa assim: uma superstição aqui, um ritualzinho ali, um santinho, uma medalhinha e quando você vê… Está dominado, fazendo a mulher andar de cara coberta e tudo.
- Espera aí! Você está me chamando de maníaco?
- Eu não disse nada disso.
- Disse sim.
- Foi só uma metáfora.
- Uma o quê?
- Metáfora é quando você diz uma coisa querendo dizer outra.
- E que outra coisa você queria dizer e não disse, vai, fala aí?
- Nada não, deixa pra lá.
- Ah, não! Agora eu quero saber.
- Do que a gente estava falando mesmo?
- Xi, rapaz... Me deu branco.
- Ah não! Fugir do assunto é demais. Dizer que não lembra do que estava falando é o fim.
- Mas eu não lembro mesmo, de verdade.
- Do quê?
- Do que a gente estava falando.
- Olha lá, olha lá.
- Que beleza, heim?!
- Mulherão!
- A gente estava falando do que mesmo?
- Do negócio.
- Mas de que negócio? Superstição, fanatismo, essas coisas?
- Não, do negócio.
- Do negócio da moça?
- Não, daquele negócio que você disse que não vai rolar.
- Eu não disse nada disso.
- Disse sim.
- Disse nada.
- Lógico que disse. Faz duas horas que você está falando disso.
- Falando disso o quê?
- Se não lembra é porque é mentira.
- Ôh, rapaz, me chamando de mentiroso?
- Quer saber?! Se a gente não lembra é porque não valia a pena ser falado.
- Aí, disse pouco, mas falou tudo.
- A saideira?
- Vâmo-bora.
- Vâmo-bora ou vâmo tomar a saideira?
- Vâmo tomar a saideira e depois vâmo-bora.
- Ah tá, agora entendi!
- Garçom, por favor…