Quanto mais se reza, mais aparece.
Folgado:
- Ôh rapaz, e aí, como é que vai?
Sério:
- Tudo bem.
Folgado:
- Eu tô na luta.
Vai almoçar por aqui? Então vamos nessa, colocar a conversa em dia. Quanto tempo, heim?!
Sério:
- É!
Folgado:
- Continua casado?
Sério:
- Continuo.
Folgado:
- Com a mesma mulher?
Sério:
- É!
Folgado:
- As crianças, como vão?
Sério:
- Crescendo.
Folgado tenta agradar:
- Você não muda mesmo, né?! Um homem de poucas palavras. Este ar misterioso sempre fez sucesso. Conta aí da secretária?!
Sério:
- Que secretária?!
Folgado:
- Aquela bonitona.
Sério:
- Foi embora.
Folgado tenta agradar:
- Você demitiu a moça porque a coisa começou a complicar. Ela começou a querer mais do seu tempo, mais de você, eu sei como funciona.
Sério:
- Não é nada disso. Meu chefe mandou ela embora.
Folgado:
- Xiii, agora você tem chefe?!
Sério:
- É! A coisa não anda fácil.
Folgado tenta agradar:
- Mas já, já você vira o chefe do chefe, sempre foi o primeiro da turma.
Sério:
- Eu?!
Folgado tenta agradar:
- Achou que eu não ia lembrar?! Não fosse você e eu não tinha nem completado o segundo grau, vestibular então, não tinha nem passado perto. Tenho muito a te agradecer, rapaz.
Sério:
- Você se formou em que mesmo?
Folgado tenta enrolar:
- Esqueceu? Já sei, tá confundindo: eu fui na formatura, mas não me formei não. Fui só na festa que tava muito boa por sinal. Falando em boa, você se casou com aquela sua namoradinha?
Sério:
- Óh o respeito!
Folgado tenta agradar:
- Brincadeira, a gente cresce e vai ficando sério, você tá certo. É como eu sempre digo: com família não se brinca. Eu sei como funciona. Foi mal, desculpa aí.
Mas voltando ao assunto: bons tempos aqueles não é mesmo?!
Lembra do Galvão? Cara, ele não vai acreditar. Empresta aqui teu celular.
Folgado pega o telefone:
- Alô, Galvão! Cara, você não vai acreditar?! Não Galvão, não dá pra te pagar ainda. Pô meu irmão, eu ligo na maior amizade, você nem bem atende e já vem falando de grana, me cobrando, falta de consideração. Até parece que não sabe como é que funciona?! Ôh Galvão, adivinha quem tá aqui comigo... O namorado daquela gostosa que fazia psicologia lembra? Aquele gordinho, careca, rico para cacete?! Então, tô com ele aqui no shopping.
Folgado interrompe a conversa:
- O Galvão tá mandando um abraço.
Folgado volta a falar no celular:
- Mas viu Galvão, não vai dar para eu aparecer por aí hoje não… Calma rapaz! Não é nada disso… É que a coisa tá feia para mim lá na quebrada, mas óh, não vou te deixar falando não.
Faz assim: tá vendo esse número aí na bina? Então, anota e qualquer coisa me liga. Que o quê, rapaz?! Pára com isso, tô falando sério. Galvão, vai na fé, pode ligar na boa. Abraço forte.
Folgado agradece:
- Cara, pra-zer-za-ço em te ver, beijão na família e obrigado pelo telefone, valeu mesmo, de coração.
Sério e agora preocupado:
- Mas e se o Galvão ligar? Eu digo o quê?
Folgado:
- Diz para ele que mais tarde eu ligo!
- Ôh rapaz, e aí, como é que vai?
Sério:
- Tudo bem.
Folgado:
- Eu tô na luta.
Vai almoçar por aqui? Então vamos nessa, colocar a conversa em dia. Quanto tempo, heim?!
Sério:
- É!
Folgado:
- Continua casado?
Sério:
- Continuo.
Folgado:
- Com a mesma mulher?
Sério:
- É!
Folgado:
- As crianças, como vão?
Sério:
- Crescendo.
Folgado tenta agradar:
- Você não muda mesmo, né?! Um homem de poucas palavras. Este ar misterioso sempre fez sucesso. Conta aí da secretária?!
Sério:
- Que secretária?!
Folgado:
- Aquela bonitona.
Sério:
- Foi embora.
Folgado tenta agradar:
- Você demitiu a moça porque a coisa começou a complicar. Ela começou a querer mais do seu tempo, mais de você, eu sei como funciona.
Sério:
- Não é nada disso. Meu chefe mandou ela embora.
Folgado:
- Xiii, agora você tem chefe?!
Sério:
- É! A coisa não anda fácil.
Folgado tenta agradar:
- Mas já, já você vira o chefe do chefe, sempre foi o primeiro da turma.
Sério:
- Eu?!
Folgado tenta agradar:
- Achou que eu não ia lembrar?! Não fosse você e eu não tinha nem completado o segundo grau, vestibular então, não tinha nem passado perto. Tenho muito a te agradecer, rapaz.
Sério:
- Você se formou em que mesmo?
Folgado tenta enrolar:
- Esqueceu? Já sei, tá confundindo: eu fui na formatura, mas não me formei não. Fui só na festa que tava muito boa por sinal. Falando em boa, você se casou com aquela sua namoradinha?
Sério:
- Óh o respeito!
Folgado tenta agradar:
- Brincadeira, a gente cresce e vai ficando sério, você tá certo. É como eu sempre digo: com família não se brinca. Eu sei como funciona. Foi mal, desculpa aí.
Mas voltando ao assunto: bons tempos aqueles não é mesmo?!
Lembra do Galvão? Cara, ele não vai acreditar. Empresta aqui teu celular.
Folgado pega o telefone:
- Alô, Galvão! Cara, você não vai acreditar?! Não Galvão, não dá pra te pagar ainda. Pô meu irmão, eu ligo na maior amizade, você nem bem atende e já vem falando de grana, me cobrando, falta de consideração. Até parece que não sabe como é que funciona?! Ôh Galvão, adivinha quem tá aqui comigo... O namorado daquela gostosa que fazia psicologia lembra? Aquele gordinho, careca, rico para cacete?! Então, tô com ele aqui no shopping.
Folgado interrompe a conversa:
- O Galvão tá mandando um abraço.
Folgado volta a falar no celular:
- Mas viu Galvão, não vai dar para eu aparecer por aí hoje não… Calma rapaz! Não é nada disso… É que a coisa tá feia para mim lá na quebrada, mas óh, não vou te deixar falando não.
Faz assim: tá vendo esse número aí na bina? Então, anota e qualquer coisa me liga. Que o quê, rapaz?! Pára com isso, tô falando sério. Galvão, vai na fé, pode ligar na boa. Abraço forte.
Folgado agradece:
- Cara, pra-zer-za-ço em te ver, beijão na família e obrigado pelo telefone, valeu mesmo, de coração.
Sério e agora preocupado:
- Mas e se o Galvão ligar? Eu digo o quê?
Folgado:
- Diz para ele que mais tarde eu ligo!