A Trindade da Santa Paciência.
Consciência:- Achei vocês.
Meio-Termo:- Meu Deus do céu... Minha Nossa Senhora…
Bom-Senso:- Aaaiiih…
Meio-Termo:- Que susto!
Bom-Senso:- Endoidou?
Meio-Termo:- Tá mais pra lá do que pra cá?
Bom-Senso:- Perdeu o juízo?
Consciência:- Tava brincando, seus bobalhões.
Bom-Senso:- Tá desocupada?!
Meio-Termo:- Também, daqui até depois do Carnaval, ninguém dá a menor atenção pra gente.
Bom-Senso:- Isso é verdade... Nesta época a gente entra numa baixa danada.
Meio-Termo:- Bom meu caro, você tá em baixa faz tempo.
Bom-Senso:- Olha quem fala... Até parece que tua cotação tá muito alta.
Meio-Termo:- É que ser radical voltou à moda, mas já, já passa.
Consciência:- Gente, não há razão pra discussões.
Bom-Senso:- E você…
Bom-Senso e Meio-Termo:- …A cada ano que passa ela fica mais gorda.
Consciência:- Só até depois do Carnaval, daí, é aquela correria... Aquela tremenda apelação para aliviar tanto peso... Isso para não falar na dor.
Meio-Termo:- Coitada, todo ano é a mesma coisa.
Bom-Senso:- Não seria assim se você fizesse bem o seu trabalho.
Meio-Termo:- Olha só quem tá falando?!
Consciência:- Calma gente! Não é culpa de nenhum de vocês.
Meio-Termo e Bom-Senso:- Então a culpa é tua.
Consciência:-…!
Bom-Senso:- Pronto… Magoou.
Meio-Termo:- E tem mais: se o mundo tá cheio de extremistas, eu não tenho nada a ver com isso.
Consciência:- Hummm… Será?
Bom-Senso:- Tem sim! Isso acontece porque você nunca tá onde deveria.
Meio-Termo:- Sabe de uma coisa: acho que todos nós temos uma parcela de culpa. A culpa é dos três e de ninguém ao mesmo tempo.
Bom-Senso:- Vai ficar em cima do muro? Novidade!
Consciência:- Tomara que caia! Tomara que caia!
Bom-Senso:- Por favor, não piore as coisas. Já é chato e me incomoda o suficiente assistir ao tremendo bunda-lê-lê que virou isto tudo.
Consciência:- Daqui eu não saio / Daqui ninguém me tira... A bagunça nem bem começou e eu já tô toda dolorida, me doem as pernas, as costas, a cabeça.
Bom-Senso:- Eu queria tanto poder fazer alguma coisa.
Meio-Termo:- Melhor tu ficar na tua porque, nesta época, se tem alguém de quem ninguém quer saber, este alguém é você!
Consciência:- Isso é verdade. É triste, mas é verdade.
Bom-Senso:- Consciência, este é um momento em que deveríamos dar as mãos.
Meio-Termo:- Também não precisa apelar, né?!
Bom-Senso:- Às vezes, apelar para a consciência é a única coisa que se tem a fazer.
Meio-termo:- Mas tu é um tremendo cara-de-pau… Puxa-saco.
Bom-Senso:- Ossos do ofício!
Consciência:- Vocês estão brigando por minha causa?
Meio-Termo:- Sim e não!
Consciência:- Como assim?!
Bom-Senso:- Não conhece?! Nunca fala nada que se aproveite, tá sempre com um pé em cada canoa… Vive desconversando.
Meio-termo:- Ossos do ofício!
Bom-Senso:- Que se eu não fosse quem sou quebrava um por um.
Consciência:- Gente, por favor, não briguem por minha causa!
Bom-Senso:- Todo ano, nesta mesma época, a gente entra em crise.
Meio-Termo:- Pra mim não muda muita coisa. Nunca ninguém quer saber de mim mesmo.
Consciência:- Eu ganho tanto peso, mas tanto… Depois passo o resto do ano sofrendo, pagando promessa, tentando perder.
Bom-Senso:- Eu levo a culpa. É incrível, não sou convidado, fico de fora e levo a culpa: faltou Bom-Senso aqui… Você poderia ter tido um pouco mais de Bom-Senso ali… Um tormento!
Consciência:- Eu vou ligar a tevê.
Bom-Senso:- Eu vou dormir até a algazarra acabar.
Consciência:- Olha lá, olha lá… Tão transmitindo o ensaio. Eu sou Portela!
Bom-Senso:- Eu sou Mocidade Independente de Padre Miguel.
Consciência:- E você, Meio-Termo?
Meio-Termo:- Eu torço para que vença o melhor.
Bom-Senso:- Ah não, no Carnaval não. Na Copa, você veio com aquela desculpa politicamente esfarrapada e agora essa.
Meio-Termo:- Verdade! Acho que todas têm o seu valor.
Consciência:- Ah, vê se dá um tempo, até eu já tô com o saco cheio disso... Fala aí, o Homem não tá ouvindo não, bobo.
Bom-Senso:- Ôh Consciência, não pega bem você ficar falando desse jeito. Isso lá é conselho que se dê?!
Meio-Termo:- Eu também acho!
Consciência:- Tá bom... Tá bom... Desculpa.
Bom-Senso:- Também não acho que seja um bom exemplo você ficar aí assistindo isso.
Consciência:- Você não estava indo dormir, heim?!
Bom-Senso:- Só estou vendo se está tudo trancado. E você Meio-Termo, vai ficar por aí?
Meio-Termo:- Não, não! Eu vou ficar um pouco por ali, um pouco por lá... Pode ir dormir que eu já tô de saída.
Consciência:- Vai dormir, vai querido, eu vou ficar aqui quieta no meu canto, ganhando peso... Ossos do ofício!
Meio-Termo:- Eu tô indo, tchá-au!
Bom-Senso:- Cuidado pra não se perder.
Meio-Termo:- Meu Deus do céu... Minha Nossa Senhora…
Bom-Senso:- Aaaiiih…
Meio-Termo:- Que susto!
Bom-Senso:- Endoidou?
Meio-Termo:- Tá mais pra lá do que pra cá?
Bom-Senso:- Perdeu o juízo?
Consciência:- Tava brincando, seus bobalhões.
Bom-Senso:- Tá desocupada?!
Meio-Termo:- Também, daqui até depois do Carnaval, ninguém dá a menor atenção pra gente.
Bom-Senso:- Isso é verdade... Nesta época a gente entra numa baixa danada.
Meio-Termo:- Bom meu caro, você tá em baixa faz tempo.
Bom-Senso:- Olha quem fala... Até parece que tua cotação tá muito alta.
Meio-Termo:- É que ser radical voltou à moda, mas já, já passa.
Consciência:- Gente, não há razão pra discussões.
Bom-Senso:- E você…
Bom-Senso e Meio-Termo:- …A cada ano que passa ela fica mais gorda.
Consciência:- Só até depois do Carnaval, daí, é aquela correria... Aquela tremenda apelação para aliviar tanto peso... Isso para não falar na dor.
Meio-Termo:- Coitada, todo ano é a mesma coisa.
Bom-Senso:- Não seria assim se você fizesse bem o seu trabalho.
Meio-Termo:- Olha só quem tá falando?!
Consciência:- Calma gente! Não é culpa de nenhum de vocês.
Meio-Termo e Bom-Senso:- Então a culpa é tua.
Consciência:-…!
Bom-Senso:- Pronto… Magoou.
Meio-Termo:- E tem mais: se o mundo tá cheio de extremistas, eu não tenho nada a ver com isso.
Consciência:- Hummm… Será?
Bom-Senso:- Tem sim! Isso acontece porque você nunca tá onde deveria.
Meio-Termo:- Sabe de uma coisa: acho que todos nós temos uma parcela de culpa. A culpa é dos três e de ninguém ao mesmo tempo.
Bom-Senso:- Vai ficar em cima do muro? Novidade!
Consciência:- Tomara que caia! Tomara que caia!
Bom-Senso:- Por favor, não piore as coisas. Já é chato e me incomoda o suficiente assistir ao tremendo bunda-lê-lê que virou isto tudo.
Consciência:- Daqui eu não saio / Daqui ninguém me tira... A bagunça nem bem começou e eu já tô toda dolorida, me doem as pernas, as costas, a cabeça.
Bom-Senso:- Eu queria tanto poder fazer alguma coisa.
Meio-Termo:- Melhor tu ficar na tua porque, nesta época, se tem alguém de quem ninguém quer saber, este alguém é você!
Consciência:- Isso é verdade. É triste, mas é verdade.
Bom-Senso:- Consciência, este é um momento em que deveríamos dar as mãos.
Meio-Termo:- Também não precisa apelar, né?!
Bom-Senso:- Às vezes, apelar para a consciência é a única coisa que se tem a fazer.
Meio-termo:- Mas tu é um tremendo cara-de-pau… Puxa-saco.
Bom-Senso:- Ossos do ofício!
Consciência:- Vocês estão brigando por minha causa?
Meio-Termo:- Sim e não!
Consciência:- Como assim?!
Bom-Senso:- Não conhece?! Nunca fala nada que se aproveite, tá sempre com um pé em cada canoa… Vive desconversando.
Meio-termo:- Ossos do ofício!
Bom-Senso:- Que se eu não fosse quem sou quebrava um por um.
Consciência:- Gente, por favor, não briguem por minha causa!
Bom-Senso:- Todo ano, nesta mesma época, a gente entra em crise.
Meio-Termo:- Pra mim não muda muita coisa. Nunca ninguém quer saber de mim mesmo.
Consciência:- Eu ganho tanto peso, mas tanto… Depois passo o resto do ano sofrendo, pagando promessa, tentando perder.
Bom-Senso:- Eu levo a culpa. É incrível, não sou convidado, fico de fora e levo a culpa: faltou Bom-Senso aqui… Você poderia ter tido um pouco mais de Bom-Senso ali… Um tormento!
Consciência:- Eu vou ligar a tevê.
Bom-Senso:- Eu vou dormir até a algazarra acabar.
Consciência:- Olha lá, olha lá… Tão transmitindo o ensaio. Eu sou Portela!
Bom-Senso:- Eu sou Mocidade Independente de Padre Miguel.
Consciência:- E você, Meio-Termo?
Meio-Termo:- Eu torço para que vença o melhor.
Bom-Senso:- Ah não, no Carnaval não. Na Copa, você veio com aquela desculpa politicamente esfarrapada e agora essa.
Meio-Termo:- Verdade! Acho que todas têm o seu valor.
Consciência:- Ah, vê se dá um tempo, até eu já tô com o saco cheio disso... Fala aí, o Homem não tá ouvindo não, bobo.
Bom-Senso:- Ôh Consciência, não pega bem você ficar falando desse jeito. Isso lá é conselho que se dê?!
Meio-Termo:- Eu também acho!
Consciência:- Tá bom... Tá bom... Desculpa.
Bom-Senso:- Também não acho que seja um bom exemplo você ficar aí assistindo isso.
Consciência:- Você não estava indo dormir, heim?!
Bom-Senso:- Só estou vendo se está tudo trancado. E você Meio-Termo, vai ficar por aí?
Meio-Termo:- Não, não! Eu vou ficar um pouco por ali, um pouco por lá... Pode ir dormir que eu já tô de saída.
Consciência:- Vai dormir, vai querido, eu vou ficar aqui quieta no meu canto, ganhando peso... Ossos do ofício!
Meio-Termo:- Eu tô indo, tchá-au!
Bom-Senso:- Cuidado pra não se perder.